O artista russo
Leonid Tishkov criou a história de um homem que encontrou a
lua e a levou consigo durante toda a vida no projeto "Private Moon" (Lua
Particular, em tradução livre).
Tishkov disse à BBC Brasil que o projeto começou em 2003, como uma instalação
artística em homenagem ao pintor surrealista René Magritte, e se expandiu para
outras séries de fotografias e instalações.
A lua feita pelo artista russo é um objeto feito de acrílico leitoso e aceso
com lâmpadas de LED em seu interior.
O projeto já passou por cerca de 15 países. Na maioria deles, o artista
colabora com outros fotógrafos para preparar e registrar em foto o cenário com a
lua.
"Meu projeto era uma tentativa de testar se nós podemos ou não pegar uma
imagem bonita da superfície plana de uma figura e transformá-la em algo com
volume, algo real", diz Tishkov.
"Acontece que uma caixa velha comum que brilha e fica pendurada em uma árvore
pode ser muito poética e há algo nela ao qual temos uma reação emocional
profunda".
O artista russo Leonid Tishkov criou a história de um homem que encontrou a
lua e a levou consigo durante toda a vida no projeto "Private Moon" (Lua
Particular, em tradução livre). A imagem acima foi feita na Nova Zelândia. Foto:
Marcus Williams e SP5 Unitec
Tishkov disse à BBC Brasil que o projeto começou em 2003, como uma instalação
artística em homenagem ao pintor surrealista René Magritte. Na foto, a lua em
Svalbard, no Ártico. Foto: Leonid Tishkov. Foto: Leonid Tishkov
Desde o início, o projeto já passou por cerca de 15 países. Na maioria deles,
o artista colabora com outros fotógrafos para criar e registrar suas
instalações. Acima, a lua com um "caçador". Foto: Leonid Tishkov
"Meu projeto era uma tentativa de provar se nós podemos ou não pegar uma
imagem bonita da superfície plana de uma figura e transformá-la em algo com
volume, algo real", diz Tishkov. Acima, a lua no teto de uma casa em Linz, na
Áustria. Foto: Otto Saxinger
"Acontece que uma caixa velha comum que brilha e fica pendurada em uma árvore
pode ser muito poética e há algo nela ao qual temos uma reação emocional
profunda". Na foto, a instalação original refeita em Taiwan. Foto: KNFA
Na série inicial, feita na Rússia, cada foto é acompanhada de versos feitos
por Tishkov. A história começa quando um homem encontra uma "lua perdida" em seu
sótão (foto acima). Foto: Leonid Tishkov e Boris Bendikov
Segundo o artista, a lua ficava escondida em um túnel e tinha medo dos
passantes. O homem a coloca em um barco e tenta levá-la ao seu lugar de origem,
mas não consegue. Foto: Leonid Tishkov e Boris Bendikov
Ele também tenta fazê-la voltar ao céu, de onde caiu, colocando-a no alto de
um prédio durante uma madrugada, sem sucesso. Acima, a imagem feita em Moscou.
Foto: Leonid Tishkov e Boris Bendikov
Ao decidir cuidar do corpo celeste, ele acaba se tornando um "ser mitológico,
vivendo no mundo real como se estivesse em um conto de fadas fantástico",
explica Tishkov. Foto: Leonid Tishkov e Boris Bendikov
A lua de Tishkov é um objeto feito de acrílico leitoso e aceso com lâmpadas
de LED em seu interior. Na imagem acima, a lua é "encontrada" em um ferro-velho
em Milão, na Itália. Foto: Leonid Tishkov
Em Paris, o artista fotografou a lua em situações de abandono na cidade
grande, sendo encontrada em uma lata de lixo na rua ou defendida pelo homem
enquanto "dormia" em um estacionamento. Foto: Tim Parchikov
"Entendemos que a lua não é somente um pedaço de algo sem vida, um pedaço de
rocha que voa em círculos em volta de nós. Somos atraídos pela qualidade de
conto de fadas da lua, por sua natureza metafórica, sua essência mitológica",
diz o russo. Acima, a lua na região dos Montes Urais, na Rússia. Foto: NCCA